Catorze por cento de juros. É o que o estado está a pagar. Duas vezes os tais 7% que eram o limite do Teixeira. Catorze por cento. De juros. Estão aí. Hoje. Um grande momento.
Cavaco está sorridente. Acha que valeu a pena ir a eleições. Nós, o que vemos é os juros a passarem de 7% para 14%. Os credores mostram assim o que pensam da convocação de eleições. E do resultado eleitoral. De 7% para 14%, nos 3 meses em que andámos a brincar às eleições.
As eleições foram convocadas por Cavaco. Cavaco, o mesmo que dizia que era importante evitar uma segunda volta nas presidenciais para evitar a subida dos juros. Desta vez, não resistiu a levar o país para eleições. O preço que pagámos? Em rigor, ninguém sabe. Aparentemente, juros de 7% a passarem para 14%. Um preço demente. Do default bastante provável para o default absolutamente inevitável. Cavaco, o grande economista.
Temos agora um governo que faz o discurso da esperança a 14%. Um governo sorridente. A 7% estávamos fodidos. Mas a 14% estamos safos. Um grande governo, certamente.
“Quero pagar 7%”. Um título do chornal. Escrito há sete meses atrás. Quando todos ainda se indignavam com os 7%. Quando todos achavam que 7% era muito. Chornal sempre à frente.
Ultrapassar os 50% de risco de default. É o próximo passo. Está para breve. Mais uma previsão do chornal. Chornal sempre à frente.
P.S.: Leia o futuro aqui no chornal. Não temos dúvidas sobre o futuro. Há muito tempo, aprendemos a lutar e a adivinhar os movimentos dos adversários. Aprendemos a antecipar os primeiros décimos de segundos do futuro. Entretanto crescemos. Agora, sentimos o movimento das coisas. De todas as coisas. Não temos dúvidas sobre o futuro. Não temos dúvidas sobre nada. Agora, sentimos a essência das coisas. De todas as coisas.
Deixe um comentário