Passos Coelho. Andou a comer no balde do lixo. É o pai dele quem o diz. Numa dessas revistas femininas merdosas. Aproveitaram-se do pai dele. Não gostamos do Passos Coelho. Não presta. Não traz nada de bom. Mas não lhe fazíamos aquilo. Aproveitaram-se do pai dele. Foi foleiro. Foi ranhoso. Estas merdas chateiam-nos. Queríamos começar a tratar mal o Passos Coelho. Assim não. Assim damos por nós a defendê-lo. Foda-se. Nunca pensei.
Quem não tem um amigo, pai, mulher, filho, etc., pronto a abrir a bocarra e a dizer inconveniências? De mim, a família diz que sempre comi gajas aos pares. “Não, o meu filho nunca teve uma namorada. Ou bem que não tinha, ou bem que era às duas de cada vez. Nunca percebemos porquê, mas eram sempre duas.” São dois, pai e mãe, com a autoridade de quem sabe, e enquanto um fala o outro acena com a cabeça que sim. Uma cena filha da puta. Capaz de tirar dúvidas a qualquer um.
A família é assim. Diz estas merdas, juntamente com as coisas que não conseguimos reparar, os cozinhados que correram mal há mais de 20 anos, qualquer fracasso, aldrabice, coisa estúpida, crime ou acto brutal que tenhamos cometido. E inventa. A família inventa cenas filhas da puta. Coisas do caralho que não lembram a ninguém. A família inventa e diverte-se com essa merda. E toda a gente acredita neles. Um sarilho.
Cala-te, caralho. Uma frase muito útil. Convém aprender a usar. Desde pequenino. Nada pior do que estafermos que não se calam. Sobretudo se for à nossa volta. Pior que o pessoal que não se cala, só o pessoal mais velho que não se cala. Pior que o pessoal que não se cala, só o pessoal da família que não se cala, porque fala com ar de quem sabe. Cala-te, caralho. Uma frase muito útil.
P.S.: D. Duarte de Bragança tem os bens penhorados. O rei. Penhorado. Está dito no Correio da Manhã. O primeiro-ministro a comer no balde do lixo. O rei penhorado. Foda-se.
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