O correio da manha brinda-nos com esta capa sensacional:
1400 compraram curso de engenharia
no Instituto Politécnico de Coimbra
pagaram entre 520 e 650 euros
E, no entanto, no seu interior, o título é mais moderado: “Licenciados automáticos”. E o conteúdo da notícia bastante mais moderado ainda:
Cerca de 1400 bacharéis de cursos de Engenharia obtiveram administrativamente o grau de licenciado, no Instituto Superior de Engenharia de Coimbra
(…)
alguns dos ex-alunos dos cursos de Engenharia têm obtido a equivalência ao grau de licenciatura, mediante o pagamento de uma propina anual.
(…)
a creditação dos currículos profissionais respeita a legislação
(…)
o actual primeiro ciclo, de 180 créditos, é idêntico ao antigo primeiro ciclo dos politécnicos, pelo que é natural que sejam concedidas equivalências automáticas.
a mesma moderação se encontra na notícia:
Recorde-se que, tal como divulgou o CM, cerca de 1400 alunos do ISEC viram transformado o bacharelato (três ou quatro anos de formação) na actual licenciatura resultante da aplicação do Processo de Bolonha. Os bacharéis não tiveram que frequentar aulas, pois possuíam número de créditos suficiente para a alteração. Apenas pagaram o valor correspondente à propina anual.
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