Já falimos várias vezes. Nunca isso constituíu grande risco para a nação. Agora parece diferente. Porquê? Porque o estado não quer falir. Porque está armado em parvo. Porque se agarra a tudo e todos para não falir. Assim, não. Assim vão lá para o caralho.
A falência do estado não obriga à falência das reformas dos velhos. A falência do estado não obriga à falência de empresas. A falência do estado não obriga à falência de mais coisa nenhuma. A falência do estado não obriga à desgraça das contas de cada um de nós. Excepto no caso de um estado armado em parvo que se recuse a falir atempadamente.
A falência do estado não é nenhuma catástrofe. Desde que feita de forma atempada e controlada. Desde que feita de forma a não arrastar consigo a sociedade. O que interessa não é evitar a falência. O que interessa é prepará-la de forma a salvaguardar o que é importante.
O estado está falido. E depois? O que é que isso interessa? O estado tem credores? Vão para a bicha. Todos somos credores do estado. Todos contribuímos para ele por prestações que ele agora se quer recusar a prestar. Somos credores dessas prestações. Sim, somos credores. Mais credores do que os outros porque enterrámos lá mais dinheiro. Quem define a prioridade entre os credores? Os credores podem receber o deles, sim. Depois de nós recebermos o nosso, ou seja, nunca.
P.S.: Chornal sempre à frente
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