Reunião de emergência

Grupo de trabalho custou 209 mil euros e reuniu-se uma vez em 14 meses

Para comemorar as grandes conquistas deste país, reunimos de emergência num restaurante de luxo em Lisboa para traçarmos as grandes linhas orientadoras para o futuro do Chornal e do país.

No fim, enviámos a conta ao grupo de trabalho.

Os pratos variaram desde o Sável frito com Açorda, à Perdiz estufada com Castanhas, e passaram por uns Rojões com Castanhas, Cogumelos e Esparregado, entre outros. Os vinhos foram do melhor da lista.

Tapada do Chaves, Alentejo tinto 2005, 14%. Aberto por um escanção especialista e servido com preceitos reais, bebido era de chorar por mais. Um travo de vinho já velho, bem misturado com umas notas de vinho novo: um toque de frescura e um ligeiro borbulhar por debaixo de um corpo mediano. Chega de conversa. Acabou, teve que vir outra.

Quinta Seara d’Ordens, Douro tinto 2008, 13,5% de álcool, Touriga Nacional, Touriga Franca e Tinta Roriz. Um vinho novo com um sabor muito frutado a frutos silvestres, com o mirtilo da Tinta Roriz a sobressair e a diluir majestosamente a carne da perdiz.

Para não ficar aguado, abri mais duas garrafas.

Quinta da Esteveira, Douro tinto 2007 Reserva, 12,5% de álcool, Touriga Nacional, Tinta Roriz e, eventualmente, Tinto Cão, todas de agricultura biológica. Uma pomada com sabor forte a mirtilos, tão bom como alguns pesos pesados da Casa Ferreirinha, mas cinco vezes mais barato. Vou comprar uma caixa!

Vinha Grande, tinto Douro 2008, 13% de álcool. Uma pomadona com sabor a frutos silvestres, muito semelhante ao anterior, mas mais trabalhado, não fosse um ex-libris da Casa Ferreirinha.


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