Desde que começou a tal “revolução do jasmim” na Tunísia, e principalmente quando alastrou a outros países muçulmanos, que deixei de ter dúvidas: os EUA estão por detrás da revolução.
Entretanto, a meio desta semana, ouvi um comentário de uma jornalista que dizia que estas revoluções diminuem a força da irmandade árabe(1). Isso é um facto, tendo em conta que as instituições governativas desaparecem e demoram a voltar a funcionar. Mas é também mais um factor a favor da tese de que os EUA estão por detrás das revoluções.
Hoje li uma notícia no pasquim do belmiro que dizia que os EUA estão a negociar partida de Mubarak. isto pode ter dois significados: ou querem que ele saia, ou são amigos dele e querem ajudá-lo a sair com vida e, eventualemnte, com dignidade. Mas quem é que já se mostrou interessado em tomar o poder no Egipto? El Baradei, o chefe das missões de inspecção das centrais nucleares iranianas: um cacique norte-americano? O Mubarak até parece um tipo moderado, mas o El Baradei, com estes antecedentes de espionagem a favor do ocidente, mesmo que agora o acusem de estar ligado aos extremistas, parece mais adequado ao papel de fantoche com que os EUA sonham para as suas colónias.
(1) Ivo Sobral define irmandade árabe como: os laços culturais e linguísticos que unem as várias nações árabes, e segundo a qual há uma única nação árabe.
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