O Magrebe está a arder. Fomos os primeiros a dizê-lo [1] ][2]. Chornal sempre à frente. O mediterrâneo está agora cercado. De países porquiféricos a norte. E de árabes revoltados a sul. Restam a Líbia e Marrocos, tudo o resto está a arder.
O Egipto faz toda a diferença. Egipto, 80 milhões de habitantes. Na europa, só a Alemanha tem mais. Egipto, um sarilho. Um país árabe com fronteira com Israel. Colado à faixa de Gaza. Cairo, 14 milhões de habitantes. Mais do que qualquer cidade europeia. Incontrolável.
Os miseráveis do mundo revoltam-se. Perante a surpresa estúpida dos ricos que especulam nas bolsas de alimentos. Os egípcios são um povo estranho, querem comida. Querem empregos. Querem comer, são uns gajos esquisitos. É assim aos olhos dos ricos.
Ninguém sabe o que fazer com aquilo. Os grandes sarilhos são assim. Os americanos mandaram o Baradei, um palhaço. E disse o palhaço: “aquilo que começámos não voltará atrás”. Ele que nunca começou coisa nenhuma. A revolução egípcia não lhe pertence. Por enquanto, a revolução egípcia pertence aos jovens deserdados, mesmo que não saibam o que fazer com ela. O futuro, desta vez nem nós sabemos.
P.S.: Aconteça o que acontecer, está-se a fazer História. Gostamos de História. Gostamos de histórias. Um pedaço de História é sempre uma boa história.
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