Número de impedidos de votar: 170 mil. Mais do que os 120 mil que dão ao cavaco a maioria absoluta. Donde vêm estes 170 mil? É a estimativa do chornal. É a primeira estimativa do número de impedidos de votar. Chornal sempre à frente. Como estimámos este número? O Público traz na sua capa de hoje: 42 mil impedidos de votar. Em letras grandes. Depois, em letras pequenas: num universo de 1 milhão de eleitores. Nós fazemos as contas. Existem 4 milhões de votos expressos. O número de impedidos de votar deve ascender a 4 vezes mais do que os 42 mil: 170 mil votos.
A nossa estimativa vale muito? Tanto quanto a estimativa do Público, na qual se baseia. A estimativa do Público vale muito? Vale. Porque é a primeira. Porque ninguém teve tomates para apresentar uma antes. Porque não existe outra. Porque as entidades oficiais não apresentam nenhuma. A estimativa do Público vale muito? Não vale. Porque é feita com base nas opiniões dos presidentes das juntas de freguesia. Uma opinião pouco credível. De pessoas ligadas aos partidos e que não querem contestar o acto eleitoral. Tudo leva a crer que os números estejam estimados muito por baixo.
Urge saber o número real de impedidos de votar. Tudo leva a crer que são muitos mais do que os votos que dão ao cavaco vitória à primeira volta. O cavaco é o primeiro presidente eleito por estimativa. O cavaco não foi eleito. O cavaco é o primeiro não-presidente.
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