Mais de metade dos portugueses não votaram. Por cada eleitor que votou Cavaco existem 3 que não votaram nele. Por cada um que votou Alegre existem 9 que não votaram nele. É isso que se sente nas conversas de rua. É esse o resultado das eleições[1][2][3][4].
Um em cada 4 portugueses votou no cavaco. Sabemos que 1 em cada 4 portugueses têm problemas do foro psíquico [5]. Queremos crer que são os mesmos. Um em cada 10 portugueses votou Alegre. Alegre, o candidato esquizofrénico. Que num dia diz do governo “assim não vamos lá” e que no outro dia dá parabéns ao governo pelo desempenho. Cavaco e Alegre representam o bloco central PS/PSD. O tal que nos governa desde sempre e nos trouxe aonde estamos.
Votou-se hoje. O establishment ficou descansado. Os merdia informam-nos que o povo votou maioritariamente no consórcio cavaco/psd/sln/bpn. Gozam agora de uma legitimidade acrescida, segundo os merdia. Podem pois dormir descansados.
Os votos continuam iguais, nos mesmos partidos, mas as opiniões nas ruas não. Como noutros sítios. Nas ruas da Grécia ninguém votou. Nas da Islândia também não. Nas da Irlanda também não. Nas da Tunísia também não. Tudo se passou à margem dos partidos, em toda a parte em que aconteceu. Tudo se passou à margem dos votos.
Os manifestantes não votam, falam com os pés. Os manifestantes são maioritariamente abstencionistas. Hoje, a abstenção ganhou. Viva a abstenção. Ganhámos. Mais de 55% dos votos, pela primeira vez. Estamos no bom caminho.
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