As eleições presidenciais são fraudulentas: não existem tempos de antena atribuídos aos candidatos. Ao contrário do que acontece nas eleições legislativas. Nas eleições presidenciais, os merdia decidem “livremente” o tempo e o espaço que atribuem aos candidatos e a forma de cobertura da campanha. Os merdia decidem “livremente”, ao serviço dos poderes instituídos.
Quando à cobertura da campanha, são os merdia que decidem o que filmar. O candidato não decide como surge no seu tempo de TV. Assim surgem candidatos que se passeiam como paspalhões no deserto da indiferença dos transeuntes. Enquanto outros candidatos surgem sempre acompanhados por multidões eufóricas. É o que a televisão mostra. É o que a televisão quer mostrar. Reportagens e entrevistas, mas nunca tempo de antena. Tudo para que os candidatos que o sistema quer excluir não digam, em estúdio, aquilo que têm para dizer, directamente para o eleitor, olhos nos olhos.
Quanto aos debates entre candidatos, foi uma vergonha: os debates foram realizados sem o Coelho. O Coelho devia ter sido tratado como todos os outros. Mas não foi. Foi excluído dos debates. Porque estes se realizaram quando o prazo de candidatura ainda não tinha terminado. A candidatura dele foi entregue dentro do prazo. Os debates não puderam esperar para depois. Os debates na TV não puderam esperar pela única altura em que deviam ter sido feitos: depois de encerrado o prazo para candidatura e depois de se conhecerem os candidatos. Os debates foram realizados quando foram para excluir o Coelho.
As eleições presidenciais são fraudulentas. Como sempre. Isto já aconteceu, e vai voltar a acontecer. O que não é atenuante. Perante a fraude, só existe uma solução: adiar as eleições. Os merdia falam, falam, mas não colocam a única hipótese óbvia: adiar as eleições. Os merdia não dão voz a quem reclame o adiamento das eleições, a única solução decente.
P.S.: Muito gostaríamos de ter visto um debate entre o Coelho e o Cavaco. Não vimos. Os merdia fingem que informam, mas iludem. É o seu trabalho. O chornal mostra a verdade. Chornal, a verdade a que temos direito.
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