a roda da civilização

É a civilização. Hoje somos os civilizados, amanhã nem por isso. Como outros, no passado. Hoje atrasados, amanhã no topo da civilização. Hoje cá, amanhã lá, depois de amanhã noutro sítio qualquer. É a roda da civilização. Enquanto nós caímos, outros sobem.

Irão, a subir. Quatro mulheres para cada homem. Quilómetros à frente dos ocidentais que legitimam o abandono dos filhos com a “impossibilidade” de ter duas mulheres numa mesma casa. Quilómetros à frente da civilização dos regimes monogâmicos.

Irão, terra do casamento temporário. Uma grande ideia. No Irão pode fazer-se um contrato de casamento a prazo. Mesmo que já se seja casado com outra. Afinal têm coisas boas. Essa do casamento temporário é uma grande ideia. A ideia é nossa, claro. Nossa, todos os dias. Não pensamos noutra coisa. Arranjar uma pitinha para dar cor à vida. Por lá é legal. Irão, na vanguarda da civilização.

O Amadinhejad levou uma chapada. Do chefe dos guardas da revolução. E o Amadinhejad baixou a bola. Assim é que é. Guardas da revolução. Uma instituição necessária. Também queremos. Queremos um gajo que dê chapadas no cavaco e no sócrates.

P.S.: O ocidente está a ficar para trás. Estamos a ser ultrapassados. Em todas as vertentes. Andam-nos a dizer que os outros é que têm uma moral sexual retrógrada e castradora. E é mentira. Andam-nos a dizer que os outros é que são ditadores. Mesmo quando sobram provas do contrário. De que eles é que sabem viver democraticamente.

dreams [kurozawa]


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