Circo de anormalidades

Ainda não me tinha apercebido de que a equipa inglesa de futebol era um circo de anormalidades.

Eu não acho piada nenhuma ao Rooney, acho que o gajo é um anormal e não percebo o porquê de tanta conversa à volta dele e das lesões dele e se ele vai estar apto para jogar. A ideia que tenho é que ele, lá dentro daquele cérebro minúsculo, vê a bola quadrada.

Mas hoje é que percebi que os ingleses, com esta equipa de futebol, foram mais longe: reeditaram um velho conceito do séc. XIX – a feira das anormalidades.

O Rooney é mesmo um anormal, mas a partir de hoje tem um cognome: “o pé-canhão”. Nalguns casos, uma alcunha ou cognome como este até pode ser lisonjeiro, como o antigo jogador do Brasil, Zico, e o seu tiro de 174Km/h (provavelmente haverá melhor que isso, mas eu não sou um fanático da bola). Mas no caso do Rooney, “pé-canhão” é pejorativo, pois ele é apenas um pé, não tem mais nada, nem sequer cérebro.

O Rooney lá saiu, desta vez expulso. Há dois anos saiu com um pé partido, depois de uma pisadela de um defesa português, e esteve 6 meses sem jogar.

Foi então que entrou o 2º anormal: Crouch, o “homem-girafa”. Olhos azuis, cabelo louro, um verdadeiro cavaleiro da Rainha. Um gajo com pernas de alicate, tão alto que não vê a bola quando ela rola no chão, que se finta a ele próprio, que tropeça nas próprias pernas, mas, acima de tudo, um anormal.

Os ingleses entraram em campo, mostraram as anormalidades – só faltou o “homem-elefante” -, conseguiram um adiamento, mas lá ganharam os patins.


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