A Crise Social

A Crise Social já começou. A sua face mais visível é o aumento dos assaltos. Ainda hoje foi assaltado um supermercado em Almancil, com um resultado líquido de 5000 euros. É uma actividade altamente rentável, não sujeita a impostos, nem descontos para a Segurança Social. Basta planear com cuidado, escolher bem o objectivo e pode viver-se disso durante anos. E se se souber poupar, a reforma vem ao fim de dois ou três anos.

O número de assaltos vai aumentar, sem dúvida. As autoridades policiais vão ser insuficientes para travar esse crescimento. O primeiro ponto crítico vai atingir-se quando se atingir a disrupção da protecção policial: quando o número de telefonemas saturar a capacidade da Polícia para receber queixas – vão estar tão atarefados a receber queixas que nem vão ter tempo para combater os assaltantes.

Quantos assaltantes consegue comportar Portugal?

O segundo ponto crítico vai atingir-se quando o número de assaltantes saturar o mercado: o mercado dos assaltos, o mercado dos assaltados. Quando o assaltante chega e o assaltado acabou de ser assaltado uns minutos antes por outro assaltante. Quando os assaltantes formarem fila para assaltar. Quando os assaltados tiverem que ratear os bens pelos assaltantes da fila.

É esta a Crise Social em Portugal. Não são os tumultos de rua como na Grécia. Não são as greves terroristas como em Espanha. Nem as posições sindicalistas de força como no Reino Unido. O país vai cair na anarquia. Vai tornar-se ingovernável. O Assalto vai ser uma nova forma de Poder.

Este Chornal criou o Sindicato dos Assaltantes. Inscrevam-se. Enviem o cartão de crédito. A cota é elevada, mas protegemos os direitos do novo poder.

Vemos com futuro.


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