Antigamente, quando éramos visitados por um chefe de estado, dava-se-lhe uma obra de arte, porcelanas, peças em ouro e prata, etc. Era uma questão de cortesia, de boa educação. As ofertas sempre foram recíprocas e nunca constituíram surpresa, até hoje.
A prenda do Sócrates ao Obama foi uma coleira para o cão. Em cortiça. Foda-se, não podia ser pior. Qualquer um de nós que desse uma prenda dessas à mulher pelo natal levava com um par de cornos ainda antes da quaresma. O Obama não se fez rogado. Respondeu com uma prenda à altura. Pegou num tratado de 1840, mandou fazer uma fotocópia e entregou ao Sócrates.
O Cavaco não quer ficar atrás do Sócrates. Também tem uma bela prenda para o Obama: uma estátua do cão. Coincidência. Se não fosse a má relação que tem com o Sócrates, diríamos que tinham combinado.
O chornal nunca se lembraria de oferecer a quem quer que seja uma coleira para o cão. Nem uma estátua do cão. Mesmo nos nossos piores dias. Corremos o risco de que os americanos pensem que os nossos governantes estão a gozar com eles. De que pensem que são um bando de irresponsáveis sem compostura. De que pensem que são um bando de perigosos marxistas.
P.S.: Após muito meditar, o chornal decidiu que não quer ficar atrás. Apreciamos o sentido de estado dos nossos governantes. E também queremos dar uma prenda ao Obama. Estamos a pensar em ir comprar uma caixa de pedigree pal.
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