Levamos permanentemente com o discurso da inovação. A inovação não tem interesse nenhum. Os chineses tomaram conta disto tudo sem precisar de inovar. Entretanto, os ideólogos do regime continuam a impingir-nos chachadas como o mundo novo, um programa de rádio a mostrar empresas que vão construir futuros brilhantes pela inovação. Nada daquilo dará em nada. Se desse, não nos mostravam as empresas que vão construir futuros brilhantes pela inovação. Se desse, mostravam-nos as que construíram o seu presente brilhante pela inovação.
Levamos permanentemente com o discurso da competitividade, é uma permanente educação para a competitividade. Que é na verdade uma educação para o materialismo. Que é uma educação para o consumo. Ou seja, uma educação para o endividamento, uma educação para a não-competitividade.
Levamos permanentemente com as notícias da luta contra a corrupção. Vão julgar o Oliveira e Costa e o Gordinho. Sabemos o que significa. Exactamente aquilo de que não precisamos. Alguém nos quer convencer de que vivemos num país decente. De que vivemos num país que vale a pena. De que vivemos num país que tem futuro. É uma aldrabice. Não precisamos de julgamentos por corrupção. Vivá corrupção. Viva Portugal! Vivó Sócrates! Vivó Cavaco!
P.S.: A inovação, a educação e a luta contra a corrupção são fontes de esperança. Para os próprios, para as famílias, para os países. Não precisamos de esperança. A esperança não leva a lado nenhum.
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