Para começar bem o fim de semana, fiz-me convidado para uma jantarada tardia em casa de uns amigos que não têm o vinho por tradição… o que é mau mas pode ser bom. Para acompanhar um bacalhau cozido às 2h da manhã, mandaram-me ao sótão à procura de vinho e lá encontrei uma garrafa.
Monte Velho, Alentejo tinto 2004, 13% de álcool, com um travo ligeiro a vinho cortado pelo tempo o que lhe dava um sabor que nunca tinha provado num monte velho. O vinho já devia lá estar desde a construção do sótão, no telhado virado a Norte e aguentou-se até ao grande repasto. Bela pomada.
Depois, insatisfeito com as notícias do orçamento de estado, juntei-me a mais um milhar de migrantes de almoço e lá fui mais o nick e respectivas famílias gastar estoirar a massa em comes e bebes a Cacilhas, antes que o Sócrates a leve para pagar a crise.
Quinta da Bacalhoa, Terras do Sado tinto 2007, 14% de álcool, Cabernet Sauvignon e Merlot, 11 meses em barricas de carvalho francês. Um travo forte e acre a madeira, mediamente encorpado, excelente para acompanhar conversas, queijos e outras actividades.
Casa de Santar, Dão tinto 2006, 13,5% de álcool, e mais não vi. Mas sabia bem e foi uma excelente escolha para terminar o almoço.
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