Caro espião
Diga lá ao seu patrão, quando vier da terra das salsichas e da cerveja, que realmente havia qualquer coisa menos própria, mas que, neste momento, achei-a tão descabida e despropositada que a removi. Tinha sido escrita há uns meses num momento de indignação pelo que ele fez e, depois disso, já escrevi 200 ou 300 crónicas, pelo que já me tinha esquecido dela. Mas um espião serve para isso mesmo: para encontrar coisas esquecidas.
Diga-lhe também que já sei quem ele é e, exactamente por isso, compreendo que o que ele fez não terá sido por uma questão de oportunismo, como eu pensei, mas que talvez ele tenha agido sem consciência do mal que estava a fazer.
Mas pôr de lado alguém que fez aquele trabalho de borla e com orgulho durante 11 anos, ainda para mais vindo de alguém que acabou de chegar, é difícil de aceitar.
Estou desiludido com vocês todos.
E fico-me por aqui.
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