Pingo Doce. Gozam com a nossa cara. Maçãs a 300 e a 340 escudos. Preços de assalto. O consumidor é assaltado. Com maçãs vindas da Nova Zelândia, da África do Sul, da Argentina e da China. Para que a Jerónimo Martins e a Sonae dividam entre si os lucros da globalização.
É a globalização. O consumidor perde. O agricultor perde. A economia perde. O país nada produz. Ganham os que se apropriam duma margem usurária. Os nossos agricultores não conseguem competir. Não conseguem produzir a preços suficientemente baixos. Mas os preços são estes.
Maçãs que vêm de avião. Milhares de km de poluição. Depois dizem-nos para andar de transportes públicos. E que há que pagar estacionamento para desmotivar a utilização do automóvel. Gozam com a nossa cara.
À saída do Pingo Doce fazem-nos pagar o saco de plástico das compras. Dizem-nos que é pelo ambiente. Para nos educarem. Fartam-se de gozar. Com os consumidores, com os gajos que lá deixam o dinheiro. Não compreendemos. Ou, pelo menos, há algo em nós que não compreende. Há uma parte de nós que acha que já merece um pedido de desculpas.
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