Enfim, de férias

Como qualquer imigras nacional, quando chega a época do Verão, venho de férias a Portugal, apesar de aqui a qualidade de vida ser uma grande merda. Nós lá temos estradas mais largas, supermercados onde falam estrangeiro, e até a água é Perrier. Aquilo é que é qualidade de vida. Mas enfim, convém vir de férias aqui aos subúrbios da Europa, nunca se sabe o que é o que o futuro nos reserva.

Convidei os amigos saloios para uma jantarada de comemoração. Veio o Tullius Detritus com a sua afamada Tajina de Polvo com Manga – mas aquilo só tem fama, falta-lhe tudo o resto – que foi comido como um amuse-bouche. O Tullius – famoso também pelas suas escolhas de vinho que não passam pela cabeça de mais ninguém – trouxe um vinho tinto austríaco para acamar o estômago, mas o vinho era tão mau que o despejámos nos canteiros de plantas. No fim da festa, as plantas tinham secado todas e os muros estavam a começar a cair.

O amuse-bouche correu mal – muito pior do que o pior cenário – por isso avançámos para a Fase DOIS: encher o bandulho com carne grelhada, couve mineira e feijão preto. Ah! Reconfortante! E agora os vinhos já eram de qualidade.

Evel, Douro tinto 2007, 13,5% de álcool, fresco, doce e ácido, ligeiramente áspero. Óptimo para acompanhar carne em dias de calor intenso.

Cabeça de Toiro, Tejo tinto 2007, 13,5% de álcool, Touriga Nacional e Castelão, Encorpado, áspero, complexo e às vezes borbulhante. 3 garrafas. Fixe.

Um vinho de pacote de 3 litros da Carmim, do qual já não me lembro de mais nada.

No fim acabámos todos à porrada.


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