Publicámos um post com um sr. Azevedo há cerca de uma semana. O chornal tinha proposto que o 1% mais rico do país abdicasse dos seus rendimentos durante 1 ano. Uma forma de resolver os problemas do país. Para nossa surpresa, o sr. Azevedo veio ter connosco. E disse-nos que apoiava a proposta. Afinal, o Azevedo não é um fascistóide do caralho, concluímos. Por estranho que pareça, acabámos por ficar amigos do Azevedo.
O chornal é premonitório. Hoje mesmo, o DN publica uma entrevista com Belmiro de Azevedo. “Quando o povo tem fome, tem direito a roubar” – diz ele.
Nós sabemos como estas coisas são. É provável que o DN tenha colocado a frase como título dando-lhe uma força que não existia no discurso original. É certamente verdade que, como todos nós, o Azevedo não gosta que lhe roubem coisas.
Importante é que na entrevista o Azevedo afirma, à sua maneira, que o contrato que nos garante a paz social não é compatível com a fome. Para nós, isso já é muito. O Azevedo é um humanista. Obrigado, Azevedo.
P.S.: A crise de tesouraria que o estado vive foi gerada pelos 3 mil milhões do caso BPN/BPP. Com que o Azevedo não tem nada a ver. Uma crise que, a ele como a nós, vai custar muito dinheiro. Nós estamos com o Azevedo. Porque, para sermos vitoriosos, esta não deve ser uma guerra de pobres contra ricos. Esta deve ser uma guerra de todos, ricos e pobres, contra os cleptocratas.
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