Está aí. O fim do mundo. Ou pelo menos mais um fim do mundo. Ou o fim do nosso mundo. Para nós o fim do mundo é uma coisa fixe. O fim de uma coisa é sempre o começo de uma outra qualquer. Já aproveitámos bem esta. Venha a seguinte. Gostamos de novidades. Precisamos de novidade nas nossas vidas. O fim do mundo é uma novidade. É o território de todos os improváveis. Estamos prontos para o que der e vier. Temos fé. Gostamos do nosso presente. Por isso o futuro só pode ser melhor. Temos fé no futuro.
Os sinais do fim do mundo estão aí. A crise económica. Os padres a ir ao cú dos meninos. O ITER. A saída do euro. O LHC. Os vulcões furiosos. Uma data de sismos de grau 7. Bolas brilhantes nos céus americanos. Objectos voadores não identificados sobre Moscovo.
Portugal está em sintonia com isso tudo. Um presidente que aos 70 anos resolve atravessar a europa de automóvel. Um ministro das finanças cuja sanidade levanta dúvidas do outro lado do atlântico. O mário soares a dizer que cabo verde não devia ter sido independente. O Jardim e o Sócrates enlevados um com o outro. É um país em sintonia com o fim do mundo.
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