A china está a vender dólares à velocidade de 3 aeroportos por dia. Há cerca de dois meses. É uma não-notícia. Não vem nos nossos jornais. [1][2][3]
A quantidade de dólares vendidos pelos chineses nos últimos dois meses é um volume de dinheiro absolutamente recorde nas praças financeiras. A situação é disfarçada pelas compras de dólares de dois países. A quase falida Inglaterra e um relutante Japão que com um dólar fraco veria prejudicado o valor das suas poupanças.
Por mais que se diga o contrário, o dolar e o euro são dois pratos duma balança. O dinheiro foge do dolar para o euro e vice-versa. Com os chineses a venderem dólares assim, os americanos precisam de qualquer coisa que desvalorize o euro.
Na América diz-se agora: “Estes dias fazem lembrar os dias anteriores à queda do Lehman Brothers. Mas agora são os países do sul da europa”. Sente-se qualquer coisa no ar. O tigre está à espreita. Face à nova posição da china, a queda do dólar só pode ser interrompida por uma crise no euro.
P.S.: Portugal é o elo mais frágil do euro logo a seguir à Grécia. Os espanhóis já puseram em campo os serviços secretos para tentar perceber o que lhes estava a acontecer nos mercados financeiros. O Sócrates está sujeito a um ataque sem precedentes. É difícil criar um ataque assim, este é muito mais bem feito do que os outros. Talvez não venha de onde se pensa.
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