A minha mãe está num dos grupos de risco da gripe A e deciciu ir tomar a vacina. Contaram-lhe uma história muito negra: se apanhasse gripe ficava um vegetal para sempre… E ela lá foi.
Deslocou-se ao SAP da Almada, esteve a manhã toda à espera, mas o médico que deveria autorizar a vacina faltou.
Na semana seguinte voltou lá e quando o médico chegou, a minha mãe interpelou-o antes de ele entrar no gabinete.
“Desculpe incomodá-lo”, começou a minha mãe, mas o médico atalhou de imediato: “Já incomodou”. E fechou-se no gabinete.
Mais tarde, quando foi atendida, acabou por esclarecer as coisas com o médico absentista e malcriado, e mostrar o desagrado para com a sua atitude, e lá conseguiu a autorização para tomar a vacina da grip-A.
A história ainda tem uns pormenores mais inverosímeis dos quais já não me lembro, mas era bom que as autoridades de saúde investigassem o que se passa com a aplicação das políticas estratégicas que definem.
Políticas que, se forem mal aplicadas, não servem de nada. Políticas que estão constantemente a ser mal aplicadas por desleixo ou com o objectivo de minar o bom funcionamento do sistema, por funcionários ineptos ou pérfidos, sejam funcionários de uma repartição de finanças ou médicos num serviço de saúde. São os portuguesinhos de merda que não deixam nem querem que o país avance.
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