O falso revolucionário é um das mais antigas armas contra a contestação. O falso revolucionário é alguém que frequentemente se destaca pelo radicalismo. Nas palavras de Mcluhan, é impossível parecer mais radical do que eles sem correr o risco de parecer demente.
Naturalmente, em Portugal, a seguir ao 25 de Abril, surgiram diversos movimentos da extrema-esquerda vigarizante. Da mesma maneira que na Madeira se libertam todos os anos uns milhões de moscos da fruta estéreis para controlar a disseminação das verdadeiras moscas da fruta. Resulta sempre.
Muitos dos personagens que habitavam esses movimentos ainda por aí andam. Era o Durão Barroso do MRPP, um radical que ganhou o estrelato com a fama, provavelmente indevida, de amarrar professores à cadeira na universidade. Era o Pacheco Pereira do PCP-ML. Era o Jorge Coelho da UDP. E era uma mão cheia deles que atingiram o estrelato no PCP antes de limparem o cú ao comunismo alto e em bom som. A todos eles a vida trouxe fartas compensações.
Agora que estamos perante um novo período de contestação, é tempo de fazer a pergunta: quem são os novos falsos revolucionários?
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