O vara demitiu-se do BCP. E uma data de gente aplaudiu-lhe a dignidade. O presidente do BCP aplaudiu. O banco de protugal aplaudiu. Os seus camaradas aplaudiram. Diversos opinadores profissionais aplaudiram.
Sabe-se agora que o vara continua a receber o salário. O salário de vice-presidente do BCP. Um salário balúrdio. Trinta mil euros, seis mil contos mensais. Como se estivesse a trabalhar.
E, perante isso, o que dizem os gajos que aplaudiram “a dignidade” do vara nos media? Nada, calam-se todos. Todos, excepto o berardo. E diz o berardo, presidente do Conselho de Remunerações do BCP: o homem está suspenso mas não pode ficar sem receber. Pois, muito bem, dizemos nós. Estávamos com muito medo de que o vara morresse à fome.
Nós achamos o vara um exemplo a seguir. Também queremos. Suspendemo-nos das funções que exercemos e vamos para casa receber dinheiro. Tal e qual como se estivéssemos a trabalhar. Vara, para nós, é cada vez mais um termo que tem um significado especial. Queremos ser como o vara quando formos grandes.
P.S.: Sem dúvida, vivemos num país de macacões…
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