A crise não dá para comprar mais comida de cão ou de gato. O povo continua a deitar fora os restos de comida – que às vezes até são mais de metade da panela – mas expulsa os gatinhos e os cãezinhos lá de casa, porque não há dinheiro para a manutenção de bichos de estimação.
Mas a crise vai piorar as condições de vida e, para além de deixarmos de deitar comida fora, vamos começar a comer dos caixotes de lixo públicos e não vai chegar.
No pior período da crise, vai haver muita gente a gritar (ou uivar): “Tenho fome de cão”. Mas é preciso perceber bem o significado desta expressão: não significa que temos uma fome equiparada à do cão, mas sim que temos fome de comer cão! Um cãozinho bem temperado, guisado com batatas e cenouras às rodelas é um pitéu que faz esquecer esta e todas as crises que apareçam.
Fome de cão! (baba a escorrer pelos cantos da boca)
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