o presidente-catástrofe

Era bolo-rei atrás de bolo-rei. Tudo o que o homem dizia não tinha qualquer nexo. Ficámos a saber que a autoridade máxima do país não tem qualquer tipo de segurança informática permanente. Ficámos a saber que perante uma suspeição não tem sequer o bom-senso de evitar passar meses sem tomar qualquer medida. Aparentemente, a padaria da esquina é mais rigorosa na sua segurança informática do que a presidência. Uma tristeza, um circo.

Um presidente que desata a fazer perguntas como “estarão os computadores e os mails do presidente suficientemente protegidos?” com um ar acusador. Como se visasse alguém. Que diz não visar. Como se a segurança não fosse sua responsabilidade. Como se fosse razoável esperar meses para tomar uma medida. Como se fosse razoável esperar meses para convocar meia dúzia de peritos. Como se fosse razoável levar dúvidas a público antes de ouvir esses peritos. Como se fosse razoável direccionar acusações antes de ouvir peritos.

Toda a gente que falou na TV achou o presidente estranho e insensato. E não parece um unanimismo forçado. Tudo o que o homem disse e fez parece fruto de uma insensatez notável. Um presidente que não acusa mas acusa. Que não se sente na obrigação de repreender os seus colaboradores próximos pelos comportamentos que diz não ter autorizado. Esperava-se que o representante do PSD o defendesse. Nem isso. Tal como o presidente, o representante do PSD disse meia-dúzia de patacoadas e fugiu aos jornalistas. Este presidente é um embaraço.


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Comentários

2 comentários a “o presidente-catástrofe”

  1. Avatar de lunatik

    Tá velho e caduco, duvido que alguém tenha percebido alguma coisa, falou apenas para não ficar calado se bem que era o melhor que fazia. Enfim um típico presidente Português, não serve para nada.
    Cumps.

  2. Avatar de alex

    Mas alguém acredita que o que está em causa são os emails do presidente? Isso é um fait-divers para desviar a atenção do assunto principal.
    Curiosa ironia: o presidente acusou os outros de inventarem histórias para desviar atenções durante a campanha, mas ele é que fez isso neste discurso.

    A história dos emails é treta. O resto é que é importante. E em relação ao resto ele não disse nada e disse tudo. Ao calar-se em relação ao que era importante, disse tudo.

    O email que o DN publicou (que refere o porta-voz da casa civil do presidente) é verdadeiro e o presidente bem pode querer fazer parecer que é falso, que ninguém acredita.

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