Isto parece uma soap opera de mau gosto. Das modernas (tipo Lost ou o franchise C.S.I.) mas em mau.
De repente é realizada uma nova leva de episódios de tipos mais ou menos célebres que se vêm queixar de que lhes andam a escutar as chamadas (Ah! Ouvi uns barulhinhos, malandragem!) e depois culpam O Sistema (Buuuu!) que é assim uma espécie de bicho papão que leva as criancinhas se elas não comerem a sopa toda.
Normalmente estas queixas são feitas por quem tem responsabilidades no tal Sistema (Ai! Qu’arrepio na espinha!).
Ora O Sistema, que até aqui dominava aquele desporto em que se corre atrás duma bola, estendeu os seus tentáculos e passou a ser o grande Culpado da inépcia de quem gasta o dinheiro que descontamos todos os meses.
Quando uma destas personagens abre a boca, vêm logo os pasquins de todas as cores e feitios acenar com o fantasma das escutas ilegais, dos abusos da utilização das ditas, enfim um rol interminavel de diz que disse, incorrecções BÁSICAS quanto ao funcionamento das redes, enfim, arma-se uma tenda e faz-se um bailarico. Para no fim culparmos O Sistema. E no meio de todo o alarido, ainda se ensaia a liberalização das tais escutas (Que vai passar meus caros!).
Isto num país que encara como Progresso a existência de um cartão único (passamos o cartão e ficam a saber se faltámos ao dentista), onde as seguradoras e os bancos sabem mais sobre nós do que nós próprios, onde o fisco encara todos os cidadãos como criminosos (Obrigadinho ó Louçã!), em que se aprova a existência de uma base de dados contendo informação genética (tudo em nome do Pogresso outra vez) cujos limites não são muito divulgados e da qual não sabemos qual a utilização futura. Mas nestes casos ficamos impávidos e serenos e atá achamos que Ah! E tal!…
O bigode está cada vez mais crescido e já existem dificuldades em controlar os tiques no braço.
Ignorance is the best policy (Elmer Fudd)
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