os partidos pequenos

Os partidos pequenos são os dejectos da democracia. A democracia alimenta-se dos partidos. Usa alguns partidos para funções governamentais. Outros para a assembleia da república. E os restantes para nada. Após a campanha, são dispensados. Após a digestão saem pelo intestino. São pois os dejectos da democracia.

O gato fedorento apresentou hoje o dirigente de um desses partidos, a bem da não-discriminação. O chornal é diferente. Nós somos pela discriminação. Desde pequeninos que não fazemos outra coisa. Conhecemos o verbo discriminar e sabemos o que significa. Discriminamos a comida boa da má, as gajas jeitosas das outras, as praias boas das outras, os assuntos dos homens dos assuntos para mulheres, a música que queremos ouvir da outra.

Sorte têm os pequenos partidos de a gente não falar deles. Aqui vai uma demonstração. O que foi hoje ao gato fedorento era do MRPP. Um partido insignificante que gerou um monte de canalha que hoje está bem na política e na vida. O chefe do MRPP é neto do penúltimo ministro das finanças antes do Salazar. Demorámos mais de 20 anos a saber isso. É mais um da mesma canalha que sempre nos governou.

Sorte têm os pequenos partidos de a gente não falar deles. Aqui vai outra demonstração. Um destes dias, por acidente, vi a campanha do partido da nova democracia. Nunca vi tanta gente feia em tão pouco tempo. Eram mesmo feios. As mulheres eram feíissimas e os homens tinham todos cara de alienados. Percebi algures que estavam preocupados com a maternidade. Têm motivos para isso. De tão feios que são, não vão conseguir convencer ninguém a maternizar com eles. E não podem maternizar uns com os outros sob pena de saírem criaturas parecidas às fotos do Roger Ballen.

P.S.: Estes e os restantes pequenos partidos agradecem por não falarmos mais deles. Agradeçam do coração. Agradeçam já ou comem também.


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