Ontem foi dia do debate da srª manuela com o louça. Antevia-se um massacre. Não foi. Porquê? Diz um mito urbano que perante um adversário mais forte os cães oferecem a jugular. O gesto de submissão poupa-os assim ao ataque adversário. A posição do PSD/BPN não é fácil de defender. A srª manuela optou por assumir uma postura suficientemente humilde para não desencadear hostilidades. A atitude respeitosa poupou-a a um ataque furioso em torno do assunto dos cavaquistas enriquecidos no BPN.
Aparentemente, o Louça perdeu uma oportunidade. Não perdeu. O julgamento BPN está feito na praça pública. Nem tudo se decide nos debates. A opinião pública sobre o BPN já está formada. E é desfavorável ao PSD. Ao contrário do que parece, o Louça não tinha que atacar no debate por aí. Isso é trabalho para outros sítios. No debate, apenas tinha que demonstrar a sua respeitabilidade. A Manuela facilitou-lhe isso no debate. E ele facilitou o debate à Manuela. Nem tudo se decide nos debates, ambos sabem disso.
No pós-debate alguém foi entrevistar a Manuela e o Louça, separadamente. O Louça teve 3 momentos. Um primeiro, no qual estava pronto a espumar pela boca. Esqueceu-se do personagem tranquilo que inventou. Esteve mal. Um segundo, mais calmo, em que esteve melhor. E um terceiro, afável e sorridente. Nesse esteve bem. É esse o registo que mais o favorece. Aparentemente, foi capaz de perceber que não estava a ir no bom caminho. O moço é esperto. E agora já não bate na avó. Cada vez mais um bom partido, para as moças casadoiras.
P.S.: Hoje é dia do debate Sócrates-Louçã. A coisa promete.
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