Hoje estrela num programa infantil ou juvenil. Amanhã descascada nas revistas. Ontem a malhoa que ainda há uns dias era uma criança aos pulos. Hoje a rita que ainda há uns dias era uma adolescente atrevidota. Agora estás aí infantilóide. Amanhã crescem-te as mamas. Depois crescem-te mais ainda. Depois de amanhã estás escarrapachada nas revistas de gajas nuas.
É uma cena um bocado porca. Uma coisa é um gajo babar-se por uma gaja que tem menos 20 anos. Outra é um gajo babar-se por uma gaja que tem menos 20 anos e viu ali na TV ou noutro lado com 7 ou 8 anos. Nem sempre foi assim. A pipi nunca mostrou o pipi. E podia ter mostrado. Mas há muito que é assim. Uma tendência para continuar. Aceitam-se apostas discretas sobre quem serão as gajas nuas nas revistas daqui por 10 ou 15 anos.
Visto de fora, já não é um acidente. É um percurso previsível. A gente está a vê-las pequeninas e já está a ver como vai acabar. Já estamos velhos. Já vimos isto muitas vezes. Isto não é de hoje. Nem é daqui. Lá fora é igual [1]. Porquê estas e não dúzias de outras gajas, porventura mais boas? Há quem queira mostrar deliberadamente que o dinheiro compra tudo. Por trás disto está o imperialismo. O dinheiro não gosta da inocência.
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