Cada vez há menos putos com nomes anormais
15 anos antes deste neo-tradicionalismo já eu me tinha encetado a mudança: os meus filhos só têm nomes normais. Sempre à frente do tempo, como este blog.
E já agora: os putos também nasceram em casa, mas isso ainda vai demorar mais 30 anos a ter seguidores.
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A questão dos nomes é obviamente cultural. Nos USA há uma diferenciação clara entre os nomes de Negros e Brancos. Os nomes exóticos brasileiros têm muito a ver com, a recusa dos escravos em adoptar os nomes dos opressores a partir do momento que tiveram direito a escolher o seu nome.
Para além disso, há a questão da progressão do tempo. A geração seguinte tem a tendência de, em média não repetir os nomes mais populares da anterior.
Em boa verdade, não sei o que é um nome normal, mas reconheço que uma Cátia Vanessa é como que um letreiro de certa origem social colado na testa.
Quanto ao nascer em casa, sendo uma questão do foro íntimo, não gostaria de viver com a culpa da morte de um filho pora falta de assistência adequada. Uma casa não é um hospital.
O pessoal já anda a ter filhos em ambulâncias e em taxis. Dentro em breve começa a perceber que é mais confortável tê-los em casa. Sim, uma casa não é um taxi.
🙂
Vítor, essa do nome “normal” foi de propósito para espicaçar a audiência, mas não me lembro de Cátias Vanessas nos quase mil anos de História de Portugal, a não ser nos últimos 20.
Quanto ao nascer em casa, subscrevo a frase “Uma casa não é um hospital”. É exactamente por isso que os meus nascem em casa: um hospital é um sítio para mortos e doentes graves. Viver com a culpa? Eu chamo a isso ser adulto.
Seta venenosa, não são os táxis ou as ambulâncias que me chocam, são mesmo os hospitais.
Pois os meus nasceram no hospital de Almada e com excepção de pequenas coisas, só tenho bem a dizer deles. Inclusive, a minha filha foi retirada com forceps, porque não conseguia sair de forma natural.
Três anos depois, regressamos ao mesmo hospital para o nascimento do segundo filho que veio ao mundo de forma mais natural e mais fácil (embora, a mãe ao fim, já dizia com ar desesperado; “sái João, sái”….)
Há sempre uns gajos difíceis.
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