Para a UE somos nós, europeus, de um lado e os piratas somalis do outro. Atendendo a que os países europeus despejaram bidons radioactivos nas costas da somália, a realidade é necessariamente outra. É a UE, as suas centrais nucleares, as suas empresas de resíduos e as suas máfias de um lado. São os piratas e as pessoas decentes do outro.
À UE não basta que 20% dos seus resíduos industriais vão parar a África. Não basta que os seus resíduos nucleares, supostamente controlados e vigiados permanentemente, desapareçam. Não bastou que surgissem nas costas da Somália. Não bastou que nenhum esforço fosse feito para recuperar os seus resíduos do fundo do mar onde foram colocados. Não bastou que as empresas cujos resíduos estão nas praias da somália permaneçam impunes e por identificar. Nada disso bastou. Não bastou permitir que empresas europeias continuem a pescar nos mares que agora se sabem contaminados. Nada disso bastou.
A UE vai sempre mais além. Agora tem um acordo para a “exportação” dos piratas que sejam capturados. Agora os piratas são exportados para países terceiros. Por decisão da UE. Assim ficam fora do regime jurídico europeu. Guantanamo.
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