A Somália não tem lei nem roque. E vai daí, todas as potências estrangeiras têm lá um bocadinho só delas. Já não bastava usarem as águas territoriais somalis para despejar lixo tóxico e nuclear, agora também largaram ferro nas águas da Somália e não permitem que os somalis lá naveguem.
Até Portugal lá está. Foi para isso que votámos? Puta que os pariu. Somos nós os novos piratas somalis.
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Ha uma diferenca consideravel entre permitir actos de pirataria , que ‘e o que as armadas ocidentais estao a fazere “permitir que os somalis la naveguem”.
Viva a frente Polisário!
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Ooops, fora de moda?
Jorge, a situação nas águas da Somália é muito mais complexa do que aquilo que os nossos governos nos vendem e os nossos media nos transmitem.
Neste momento, as potências ocidentais abordam todas as embarcações somalis, sejam ou não piratas, com o pressuposto de que o são. Se lermos bem a notícia do Público:
Mais cedo, a marinha francesa tinha libertado três alegados piratas que tinham sido capturados a bordo do que se suspeitava ser uma “embarcação mãe”.
A ausência de armas a bordo fez com que os indícios recolhidos não fossem considerados suficientes para servirem como prova.
Ou seja, os navegadores somalis são culpados, até prova em contrário.
Por outro lado, segundo a AlJazeera, algumas empresas ocidentais vão lá largar lixo tóxico e nuclear (1) e há mesmo fotos de contentores que deram à costa no tsunami de há uns anos no Índico (2).
Eu não posso ir à Somália confirmar isso com os meus olhos, pricipalmente porque é perigoso, mas desconfio que haja alguma verdade nessas notícias.
Sendo assim, e uma vez que alguns piratas somalis já declararam agir em defesa das águas limpas e contra a impunidade dos despejos que estão a fazer adoecer as populações costeiras que comem o peixe tóxico, parece-me que as coisas não são tão simples como eles serem os maus e nós os bons.
Mas enfim, o tempo dirá o que realmente se está a passar neste momento. Entretanto, temos um sítio seguro onde largar os nossos lixos tóxicos para podermos continuar a ser uns países desenvolvidos, evoluídos e politicamente correctos.
(1) – http://english.aljazeera.net/news/africa/2008/10/2008109174223218644.html
(2) – http://somalimonitor.com/blog/archives/767
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