Segundo os jornais, Portugal teve o único ataque de terrorismo ambiental na UE durante o ano passado. Portugal está na vanguarda do terrorismo, afinal de conas. Foi em Silves. A Europol investiga. E o que foi o ataque? Alguém ceifou 1 hectare de milho transgénico. Causando prejuízos de cerca de 800 contos. Um problema da maior gravidade. Uma prioridade nacional. Não vamos dormir a pensar nisso.
Enquanto isso, este ano deram-se porcá mais de 800 milhões de contos aos porcos. Bastante mais, proporcionalmente, do que o tamanho do desfalque que os islandeses deram em inglaterra. Que também foi de 800 milhões de contos. O tal desfalque que colocou os islandeses à mercê das leis anti-terroristas inglesas.
Ora, nós também temos leis anti-terroristas dessas. Temo-las porque vêm de directivas comunitárias. Mas não usamos as leis anti-terroristas para quem com a sua actividade financeira criminosa ameaça o estado social, a paz social, a existência do estado e os cidadãos. Utilizamos a lei anti-terrorista para quem ceifa um campo de milho que nem sequer é milho. Ao contrário dos ingleses, não usamos a lei anti-terrorista contra os que atacam o estado e, de facto, aterrorizam a população. Somos pelo terrorismo.
Deixe um comentário