Tudo chega ao fim. O capitalismo também. Ao contrário do que afirmam as teorias de esquerda o capitalismo não sucumbiu a qualquer forma de socialismo. Nisso o palerma Fukuyama tinha razão. Não tinha razão em mais nada, como bom palerma que é.
O capitalismo sucumbiu aos pés de uma nova forma de acumulação de riqueza. O sucessor do capitalismo é o clepitalismo. O clepitalismo é o novo rei. Os donos da velha ordem estão chocados, mas foram ultrapassados. Durante trinta anos os capitalistas belmiros acumularam riqueza a ganhar cêntimos nos iogurtes. A eficiência dos clepitalistas está várias ordens de magnitude acima. Em poucos segundos e a partir de um computador portátil realizam transacções milionárias. Transacções nas quais conseguem ganhar tanto dinheiro como o belmiro em meio ano. Os belmiros acordaram para esta realidade quase ao mesmo tempo que o resto dos cidadãos. Estão mais pobres, sim o belmiro está mais pobre, muito mais pobre. Uma nova elite tomou de assalto a riqueza. De assalto.
Com a proximidade do sistema político e a falta de supervisão do banco de portugal a nova elite acumulou em cerca de 10 anos uma riqueza fenomenal. Não teve que produzir ou sequer comercializar nada. Bastou-lhe pedir dinheiro emprestado a bancos que não o tinham e colocá-lo em off-shores, em Cabo Verde ou no Brasil. Os cromos enriquecidos pelo clepitalismo são às dúzias. Nalguns casos são pessoas oriundas de famílias humildes e que até há dez anos pouco tinham. Hoje têm milhões de contos. É o clepitalismo em todo o seu esplendor. O clepitalismo é uma tendência internacional. Uma tendência que tem dignos representantes em portugal. Vieram para ficar.
P.S.: O capitalismo democrático apontado pelo Fukuyama como o fim da história foi afinal substituído pelo clepitalismo cleptocrático. CC, clepitalismo cleptocrático. CC, tal como quando envia um mail com cc.
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