Como se cria espaço para a SCO? Com nacionalismos alimentados pelos EUA, quer na China quer na Rússia. Com imposições dos EUA que outros estados não conseguem ou não querem suportar. No plano alimentar, as negociações de Doha terminaram pela recusa da China e da Índia. Não podiam suportá-las, não podiam correr o risco de fome. No plano energético, a Índia não aceitou as pressões para não comprar petróleo ao Irão. Não podia, precisava mesmo do petróleo. A Índia está sequiosa de energia. Também não podia permitir-se continuar sujeita ao bloqueio de combustível para as suas centrais nucleares promovido pelos aliados dos EUA. O bloqueio de combustível para as centrais nucleares indianas terminou com a intervenção russa. Talvez venha daí a compra de submarinos nucleares à Rússia. O Paquistão sempre teve relações fortes com a China. Os bombardeamentos americanos no paquistão empurram-no para a SCO. Também há muito que o Paquistão não é um aliado fácil para os EUA.
A linha da frente da guerra NATO-SCO é um sítio chamado Irão, de que se falou muito no Verão passado. E que é o principal fornecedor de petróleo da China e da Índia. Insubstituível, na prática. Os países da SCO não vão dar a cara pelo Irão, muito menos pôr lá militares. O Irão é um aliado perigoso. Mas não o iam deixar cair. Iam certamente dar-lhe uma carrada de meios militares. E testar no estreito de Ormuz a robustez da tecnologia para o estreito de Taiwan. Diz-se que os porta-aviões não estão protegidos contra uma nova geração de mísseis aquáticos russos e iranianos. Aliás, parece que toda a gente sabe disso mas não há orçamento. Mandar para lá os porta-aviões nessas condições podia ser o fim da macacada.
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