O BCE (à semelhança do FED) realizou mais uma injecção de capital nos mercados financeiros. Então quem recebe o dinheiro? As instituições financeiras. Porquê? Bem, é dificil de explicar. Vamos tentar. Como revelaram não ser dignas de confiança, os nossos governantes resolveram dar-lhes mais dinheiro. Percebeu? Não? Tem a certeza? Ainda bem. Quer dizer que lhe resta alguma sanidade mental. Antes isso.
E quem dá o dinheiro? O contribuinte. O cidadão que vê o seu poder aquisitivo deteriorado. É a inflacção no seu esplendor. E o cidadão chateia-se com isso? Claro que não. O BCE (e o FED) que imprimam lá as notas ou que coloquem lá mais uns zeros à direita nas contas electrónicas dos bancos que ninguém se chateia com isso.
E quanto dinheiro dá, efectivamente? Aqui está o que os media não dizem. Porcá. Porque nos USA todo a gente fala do assunto. Na segunda e terça-feira o BCE injectou 30 + 70 = 100 000 milhões de euros. Ora, temos 500 milhões de europeus. Dá 200 euros por europeu, 40 contos. Por cada um, homem, mulher ou criança. É esse o dinheiro com que o leitor entrou. Em dois dias. Para uma família com 2 adultos e uma criança esses dois dias custaram 120 contos.
P.S.: O que é espantoso nos media é a identificação que fazem do sector financeiro com a economia, como se salvar as empresas do sector financeiro fosse o mesmo que salvar a economia. Só assim se consegue cravar 120 contos a uma família em 2 dias. O pessoal das injecções sempre teve uma grande lábia para cravar o próximo.
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