o fim do mundo – IV

Hoje foi o dia inicial da tal experiência. Tinha que ser feita. Porquê? Porque a partícula era muito importante para nos pôr comida no prato? Porque íamos ficar carecas se não soubéssemos mais um bocado de ciência? Porque o equipamento custou 2000 milhões de contos. E agora tem que servir para alguma coisa.

Garantem-nos segurança. Deve ser com base no argumento empírico (???) de que actuar sobre uma coisa muito pequenina não pode ter consequências sobre uma coisa muito grande. Uma coisa é certa. O processo de bombardeamento de partículas em tudo faz lembrar o mecanismo da bomba atómica. Mas em grande. Uma espécie de bomba atómica com 27 Km. Vão produzir buracos negros. Que ninguém sabe o que são. Mas não fazem a mínima ideia do que vai acontecer.

Como chegámos aqui? Aparentemente uma ideologia: a ciência. Múltiplos interesses. Uma obra de 2000 milhões de contos. CERN. Uma instituição supranacional. Sempre essas. Livres do jugo do voto. Uma cultura de risco. Sempre a mesma. Nos aviões. Nas centrais nucleares. Em Fanny Mae. No LHC.

P.S.: Em tempos faziam-se coisas úteis no CERN. Em 1999 já alguém lia o nosso Chornal do Inacreditável. Mal sabíamos nós que já estava a trabalhar no LHC.

youtube


Publicado

em

por

Etiquetas:

Comentários

3 comentários a “o fim do mundo – IV”

  1. Avatar de escrotinador

    Quero lá saber da partícula. Eu quero é saber porque é que há gajas com a rata seca. Isso é que é importante. Isso é que me sai do bolso (as bisnagas de vaselina que tenho que gastar).

  2. Avatar de gungunhanha
    gungunhanha

    Aos 17 anos nenhuma gaja tem a rata seca. Talvez isso te explique o fenómeno, ó escrotinador. Lê bem os posts deste chornal que está lá escrito tudo o que precisas saber sobre idades apropriadas para procriação.

Deixe um comentário

O seu endereço de email não será publicado. Campos obrigatórios marcados com *