Para além de provarem a teoria de que o sucesso anda de mãos dadas com a decadência, a forma de sucessão dos partidos da chamada “área do poder”, só tem paralelo no processo de desagregação do velhinho império romano.
Nestes partidos da “área do poder” só ainda não chegámos á literlidade do sangue. Mas as traições, as conspirações e assassinatos sucedem-se a um ritmo alucinante, acções consequêntes da única coisa que interessa aos seguidores: a distribuição dos lugares e das benesses. As “correntes” multiplicam-se tal como as alianças, os silêncios e as traições. O cargo de lider está a caminho de se tornar numa “profissão” de alto risco.
A fulanização destes partidos é de tal ordem que, apesar das loas ao “menos estado, melhor estado”, tudo fazem para encaixar amigos, conhecidos e titulares de forma a comprar uma base de apoio (Tal como em Roma). Estes clientes raramente vão para lugares subalternos ou mal pagos. O exemplo dado é dum parasitismo com a voracidade duma sanguessuga.
Toda esta luta é sustentada por jornais de quadrilhisse política (de que o Expesso continua a ser o expoente máximo), inúmeros debates nas TV’s e jornais onde se confundem Estado e esses partidos nas pessoas dos seus dirigentes, e de opinadores encartados encarregados de repetir mensagens e veicular opiniões próprias ou não acerca do mundo desses partidos.
Na antiga Roma chegou-se ao cúmulo de recusar o ingresso de romanos no exército, por serem incapazes de lutar. Os últimos generais defensores de Roma eram contratados entre os bárbaros. Qual será o equivalente? Só irão aceitar líderes provenientes doutros partidos?
Para o povo? Pannis et circenses (mas a crédito). Modelos de sucesso duvidoso (quer na forma como no conteúdo). A percepção de que só com um comportamento bovino e permanência no rebanho se pode atingir o bem estar.
Ai ai! Valha-nos a Cláudinha…
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