o fim da sociedade do conhecimento

O termo sociedade do conhecimento existe como afirmação de uma inevitabilidade e de um paradigma do desenvolvimento. Destaca a importância do capital intelectual na afirmação das nações, ao mesmo tempo que direcciona e justifica políticas. Acarreta consigo uma lógica de desmaterialização, de globalização e de terciarização.

Mas afinal qual o crédito que merece a sociedade do conhecimento como modelo de competitividade das nações? O último ano assistiu à subida do poder do petróleo e do gás natural, a uma muito mais brutal subida do preço dos cereais, a uma subida de tudo o que envolve matérias-primas, estando os recursos mineiros no centro de uma das maiores aquisições/fusões de sempre. A juntar a isso atente-se também à relativamente recente concentração, de poder também, no sector metalúrgico. Os activos que contam são, cada vez mais, nos últimos tempos, os activos materiais, tangíveis. Isto é o que nos dizem os mercados. A sociedade do conhecimento chegou ao fim.

P.S.: De entre outros, destacam-se como sintomas do fim da sociedade do conhecimento o outsourcing de software para fora dos USA e da UE, a banalização de diplomas e da investigação científica, o ascendente da economia indiana e chinesa, de cariz fabril, “the world’s shopfloor”, sobre a europeia e a americana e, finalmente, a descredibilização de imateriais como o sistema financeiro e bancário.


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Comentários

Um comentário a “o fim da sociedade do conhecimento”

  1. Avatar de carnide
    carnide

    Olha que belo post. Os meus sinceros parabéns.

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