Seis licenciados em direito. Mais de 50% dos ministros. E este é um governo que se anuncia como técnico[1][2]. Licenciados em direito. Um governo técnico do cagalhão, pois claro.
Lembram-se dos discursos do cavaco sobre a importância da agricultura e do mar? Para a agricultura temos uma licenciada em direito. Para o mar temos uma licenciada em direito. Mesmo o que precisamos. De alguém que não saiba o que é um grelo. De alguém que não distinga um carapau de uma sardinha. A agricultura e o mar. Entregues a uma rapariga de 36 anos passados num escritório de advogados e “especialista” em ambiente. É o governo técnico, pois claro.
Para a economia, mandaram vir um gajo do canadá. Mesmo o que precisamos. De um gajo ausente do país. De um gajo que não conheça sequer o país. De um gajo que escreva à distância umas larachas nos jornais. Vai ser agora ministro da economia. Um ministério da economia que, claro, não inclui a agricultura e as pescas. Uma economia que aposta em não ter qualquer capacidade produtiva. Uma economia sem economia. A economia do costume.
Para as finanças, mandaram vir um gajo da europa. Mesmo o que precisamos. De um gajo que aplique os cortes que a europa manda, sem perceber ou querer saber dos efeitos no país. Mandaram vir um gajo do BCE. Mesmo o que precisamos. De um delegado do BCE em Portugal.
P.S.: O resto não é melhor. Para a saúde, foi um gajo do BCP. Sem qualquer experiência na saúde. Para a educação, foi um gajo da investigação. Um teórico. Para a justiça, arranjaram uma gaja boa. Do mal o menos. Os restantes ministérios foram entregues a apparatchiks. Há um apparatchik na administração interna, outro nos assuntos parlamentares, outro na defesa e outro na solidariedade e segurança social. Um grande governo. Ainda não começou e já o amamos.
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