Ninguém percebe bem a guerra na Líbia. Se é porque o Kadafi é um ditador, existem outros países árabes a bombardear. Na verdade, quase todos. Os merdia não nos dizem quem são os rebeldes. Os rebeldes não têm nome nem chefe. Não têm nome porque não nos querem dizer o nome. Nós ajudamos. O chefe dos rebeldes chama-se Abdel Hakim al-Hasidi. Treinado no Afeganistão. Sim, um homem da al-qaeda. Na última semana, a NATO bombardeou os rebeldes por duas vezes.
Nós sabemos o porquê da guerra da Líbia. Pode parecer, mas não é pelo petróleo. Antes da guerra da Líbia, os media estavam cheios com notícias do nuclear. O lobby nuclear não aguenta isso. Era absolutamente necessário tirar dos media as notícias de Fukushima, ou, pelo menos, retirar-lhes a importância. A França invadiu a Líbia. A França, o segundo país do mundo com mais centrais nucleares. Um país com um lobby nuclear fortíssimo. No dia seguinte, as notícias de Fukushima foram substituídas pelos bombardeamentos de Tripoli.
O lobby nuclear dispõe de poder para fazer uma guerra dessas? Sim. Kadafi é o melhor exemplo das capacidades dos lobbies. Kadafi, um terrorista encartado, diplomado com o abate de um avião de passageiros, conseguiu a sua redenção graças a uma empresa de lobby – Livingston Group (TLG) – que actuou junto do congresso e da administração americana para reabilitar as relações externas da Líbia. O resto é história.
A França é dominada pelo lobby nuclear. A França está disposta a tudo pelo lobby nuclear. A França acaba de legislar a expulsão das cidades dos automóveis não eléctricos. Ou seja, a expulsão dos automóveis não movidos a energia nuclear. Uma notícia a que ninguém dá o devido destaque. O automóvel eléctrico, impregnado de discurso ambiental, é a última grande esperança do lobby nuclear.
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