Pode estar a nascer uma nova grande potência: a nação árabe. Com 320 milhões de habitantes. Mais gente do que os EUA. Uma população só ultrapassada pela da China e pela da Índia. Mesmo aqui ao pé. Egipto (80 milhões), Sudão (43), Argélia (34), Marrocos (32), Iraque (30), Arábia Saudita (27), Yemen (22) Síria (20), Tunísia (10), Líbia (7), Jordânia (7), Mauritânia (3). Todos esses estão em risco. Juntos são 320 milhões. Se lhe juntarmos os 150 milhões da Nigéria são ainda mais.
É a agregação dos países árabes. Várias vezes tentada por vários políticos. Agora de baixo para cima, pela primeira vez. Uma agregação em contraciclo com a desagregação eminente da UE e dos EUA. Uma agregação só possível a partir do Egipto. O Egipto é a Alemanha daquela região. Sem o Egipto nada é possível. Com o Egipto, não se sabe o que vai acontecer.
A vontade de travar o Egipto é total. Prepara-se uma repressão brutal. Dava mau aspecto que a repressão fosse feita pelo Moubarak. Pelo aliado dos EUA. Pelo amigalhaço de 30 anos. Em cuja casa passam férias 3 actuais ministros franceses. O Moubarak tinha que sair, pois então. Os militares aí vêm para fazer a transição para a democracia. E o ocidente regozija-se. Pois.
P.S.: Olhem só para a cara dele. Vê-se logo que está ali um grande democrata. Está-se mesmo a ver que está ali para fazer a transição para a democracia. Não precisamos de traduzir. Os leitores do chornal sabem ler árabe.
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