Candidatos excluídos da campanha. Votantes impedidos de votar. Maiorias absolutas promovidas por decreto e à canzana. Palavras para quê? É a Rússia? É a Venezuela? É o Irão? Não. É aqui mesmo.
O coelho foi excluído dos debates. Excluído da principal forma de promoção dos candidatos. Por antecipação dos debates para antes do fim do prazo das candidaturas. Uma exclusão maldosa. Os merdia querem-nos fazer crer que a exclusão do Coelho não influencia os resultados. Mentira. O Coelho influencia os resultados. O Coelho é quem mais votos tirou ao cavaco. Coelho é o candidato a quem não faltaram tomates para tratar do assunto da Coelha. Num debate com o Coelho o cavaco teria sido massacrado e adeus maioria absoluta à primeira volta.
Não sabemos quantos foram impedidos de votar. Não é possível saber. É o que nos dizem. Mas não é possível saber porquê? Não sabem o número de pedidos de informação feitos à base de dados? Claro que sabem, mas não querem dizer. Não sabemos se foram 100 pessoas, se 10 mil, 100 mil, ou um milhão. How much is too much? Quantos impedidos é que são necessários para justificar a repetição de umas eleições?
Nada nos diz que as regiões de votação inconveniente, como a Madeira, tenham sido tratadas da mesma maneira que as outras. Não sabemos sequer qual a distribuição geográfica do impedimento de votos. Sem isso, não é sequer possível apurar a verdade dos resultados eleitorais. Nada nos faz ter a certeza dessa verdade. Nada, para além da palavra do cavaco, do sócrates e do silêncio nos merdia.
O Cavaco tem uma maioria absoluta à canzana. Por exclusão dos votos nulos. O que só acontece nas presidenciais. Para as outras eleições temos outras regras diferentes, mas ninguém sabe dizer porquê.
Agora querem demitir directores e querem demitir ministros. Não precisamos. Não precisamos de culpados. Fez-se merda, emenda-se. Não queremos mal a ninguém. É tudo uma maneira de entreter. Enquanto se brinca às demissões nos merdia omite-se o que é fundamental: a necessidade de repetir as eleições.
Nos merdia ninguém pede a repetição de eleições. Nenhum comentador. Nenhum partido. É o arzinho patriótico. Todas as ditaturas estão cheias de patriotismo. É o chamado patriotismo de merda. Patriotismo a sério é manter a dignididade do acto eleitoral. É para isso que se fez o 25 de Abril. Há uma dignidade do processo eleitoral que deve ser respeitada. Temos todos os ingredientes para que uma entidade independente invalide as eleições. Junte-se a nós. Peça a repetição das eleições.
P.S.. Comemora-se este ano o ataque ao Santa Maria. Não é demais pedir umas eleições como deve ser.
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