Votem em mim senão os juros da dívida pública sobem. Dizia o cavaco. Na fase final da campanha. Eu sou o homem providencial. Eu sou o grande economista. Eu sou o homem em quem os credores acreditam. Eu sou o homem que tem o poder de fazer baixar os juros da dívida pública.
Hoje, os juros da dívida pública subiram [1]. No primeiro dia útil após a eleição do cavaco. Os credores não gostam do cavaco. Os cavaco não inspira confiança aos credores. Tal como não nos inspira confiança a nós. Ah! e tal. Calhou. Foi uma oscilação dos mercados. Treta. Nada aconteceu entre domingo e segunda para além da eleição do cavaco. O cavaco é a causa da subida dos juros.
Os merdia andam há muito tempo a tentar encontrar justificações para as subidas e descidas de juros. Mexidas nas leis laborais, mexidas nas reformas, aprovações de orçamentos, qualquer declaração pública de quem quer que seja. Tudo serve de justificação. Agora os juros sobem e ninguém quer ver a relação de causa efeito.
Agora cá estamos nós para explicar. Para resolver as contas do estado português existem 3 fontes de dinheiro: o dinheiro do povo, o dinheiro da seita do BPN e o dinheiro dos alemães. Não basta um dos três. São precisos pelos menos dois. E nenhum o quer dar. Nem o povo, nem a seita do BPN, nem os alemães.
Estamos num impasse. O povo vai-se foder. Pela medida grande. Mas não chega. É preciso muito mais dinheiro. Que só pode vir da seita do BPN ou dos alemães. Os alemães não o querem dar. E a seita do BPN já pôs o dinheiro em nome dos filhos, das mulheres, ou de outra pessoa qualquer [1][2]. Basicamente, cada um deles é, agora, tecnicamente, um pobre. É impossível ir buscar-lhes dinheiro. E com o amigo cavaco a presidente é ainda mais difícil. Os credores perceberam isso.
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