o email que anda a correr a internet diz qualquer coisa do género:
“No dia 29 de Fevereiro de 2008 das 19:55 às 20:00 horas propõe-se apagar todas as luzes e se possível todos os aparelhos eléctricos, para o nosso planeta poder ‘respirar’. Se a resposta for massiva, a poupança energética pode ser brutal. Só 5 minutos, para ver o que acontece. Sim, estaremos 5 minutos às escuras, podemos acender uma vela e simplesmente ficar a olhar para ela, estaremos a respirar nós e o planeta. Lembrem-se que a união faz a força e a Internet pode ter muito poder e podemos mesmo fazer algo em grande. Passa a notícia, se tiveres amigos a viver noutros países envia-lhes e pede-lhes que façam a tradução e adaptem as horas.”
Agora recebi outro, daqueles que, diria, são “do contra”:
“Não apaguem a porra das luzes… Porquê? Simples, imaginem o que é uma cidade inteira apagar as luzes de todas e 5 minutos depois todos ligarem as luzes? O que acontece? No mínimo fritam os centros de distribuição e em vez de 5 minutos sem luzes vamos ficar 5 horas… ou dias …
A sério, pensam mesmo que as centrais nucleares vão deixar de produzir energia só porque desligamos o PC e a TV e a luz do quarto por 5 minutos? Ou que a água vai deixar de passar debaixo das pontes e nas barragens, estagna por 5 minutos para que não exista produção electrica?”
vá lá… pensem… acho que este autor não percebeu bem a mensagem… a água vai continuar a correr (e ainda bem) e as centrais nucleares que existem não pararão a produção, mas mostraremos alguma vontade de mudança (e os mais novos aprendem com os nossos gestos). A segunda mudança… seria mudar de políticos, entre outras coisas para ver se os preços da energia mundial voltavam aos valores reais (não especulativos), mas sei que esse é um esforço mais hercúleo (mas eu ainda sou otimista 🙂 )
Se todos pensassem dessa forma redundante, não haveria ONG‘s ou movimentos tipo Live Aid, ou campanhas “salvem o planeta”, ou mesmo a Abraço ou o Banco Alimentar contra a Fome nunca teriam “visto a luz”…
Há muitos anos atrás (há mais de 25), num programa sobre divulgação de ciência e técnica, penso que coordenado pelo Prof. António Manuel Baptista (programa do qual já nem me lembro o nome) fazia-se uma experiência em directo. A quem estivesse a ver o programa (à tarde, de semana e a falar de ciência, compreendem que não eramos muitos) pedia-se para desligar (ao mesmo tempo) 1 interruptor de iluminação ou outro equipamento eléctrico. Foi um sucesso ver os indicadores do consumo da substação da zona de Lisboa (de onde estava a ser transmitido o programa) baixarem sincronizados e perceber que reduzir afinal é fácil e simples de “pensar”. Além disso, foi a primeira experiência interactiva em que participei. E depois, quando começaram a ligar… não houve problema nenhum, simplesmente porque nem todos ligam ao mesmo tempo, e o processo “aleatório” faz com que tudo corra bem.
Todos nós poluímos, portanto, todos temos responsabilidades no que toca ao “ambiente” e, sem fantasias fundamentalistas (os que me conhecem sabem que sou anti-fundamentalista primário, desculpem o oxímoro), todos os processos que possam fazer baixar o consumo seja de que tipo de energia for (excepto a gerada pelo próprio corpo humano em qualquer situação 🙂 ) são bem vindos e as gerações futuras agradecem. Re-duzam os consumos desnecessário, Re-utilizem o que puderem (vá… mesmo as/os namoradas/os…), Re-ciclem o que não puderem Re-utilizar… e comecem pelas coisas simples.
Por exemplo, a maioria das pessoas “googla” quando precisa de encontrar o que quer que seja na internet. É um bom princípio, que eu também partilho e sou utilizador assíduo, mas porque não “blacklar” (écran a negro) em vez de “googlar” (écran a branco)? É que se se reduzir de 74 para 59 watts em cada écra, serão 3000 Megawatt-hora por ano. E, já agora, reduzam o brilho do écran para níveis “confortáveis”.
Sr editor deste blóguio, também podemos pensar em mudar o visual para “preto com letras brancas” se o WordPress permitir…
e andem mais a pé e de transportes públicos, levem sacos quando vão às compras, levem só o livro/cd da FNAC e digam que não precisam do saco… há tanta coisa que podem fazer
e sejam felizes
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