credores

Credores. Todos falam nos credores. O marcelo não se cala. Os credores querem isto. Os credores querem aquilo. O marcelo é apenas mais um dos que se apropriam do discurso dos credores. Mas eu nunca ouvi os credores a falar. Já alguém ouviu um credor a falar? Eu não. O chornal foi falar com os credores. Ao vivo. Fomos saber o que querem verdadeiramente. Agora, nós sabemos. Os outros fingem que sabem. Aprendam connosco que só vos faz é bem.

O chornal ensina o país a lidar com credores. O que é um credor? Um gajo que crê. Que lhe vão dar o dinheiro. O que quer um credor? Dinheiro. E mais o quê? Mais nada. Mesmo mais nada. Um gajo assim é uma pessoa difícil? Não. É dar-lhe o dinheiro e pronto. O gajo não quer saber mais nada. Não quer saber de onde vem o dinheiro. Os credores têm uma relação de tipo sexual com o dinheiro. São como nós. Para nós, qualquer cona serve. Para os credores, qualquer dinheiro é bom.

Só na cabeça de comunistas esclerosados é que o credor exige que o dinheiro venha dos trabalhadores e dos desfavorecidos. Abaixo o comunismo. O credor na verdade é um tipo razoável. Qualquer dinheiro lhe serve. Tanto pode vir da minha conta, como da do cavaco, do dias loureiro, ou dos 30 mil milionários com dinheiros de origem duvidosa.

Temos o problema resolvido. Ir buscar o dinheiro ao cavaco, ao dias loureiro, aos 30 mil milionários com origem duvidosa. Para os credores, é dinheiro tão bom como o outro. É dinheiro tão bom como o nosso. Queremos os credores felizes. Queremos pagar aos credores. Com o dinheiro dos ricos. Temos 30 mil ricos. Na verdade, mais que 30 mil, e não percebemos como apareceram. Viva o comunismo. Entreguemos o dinheiro dos ricos aos credores.

P.S.: Notícia de última hora: os credores gostam dos comunistas. Sim, sim. Nacionalizar a fortuna desses cabrões todos. Tragam-nos a massa que a gente não quer saber de mais nada.