O Grande Líder aventou hoje a hipótese de nos virarmos para o mar. Talvez para nos afogarmos. E até nos comparou com a Grécia. Apresentou, inclusive, valores percentuais de empregabilidade na Grécia e em Portugal na área dos portos marítimos.
Sua Grande Excremência esqueceu-se que nós temos uma costa Atlântica e a Grécia tem uma costa Mediterrânica. Qualquer navegador da Idade Média sabia isso. Qualquer navegador da Idade Média que ignorasse isso – como alguns navegadores genoveses fizeram – via o seu barco partir-se em dois assim que passasse o Estreito de Gilbraltar. E como alguém disse: “Quem não sabe História está condenado a repeti-la”. E Sua Excremência nem sequer vai repeti-la porque é um português de gema: fala, mas não faz nada. Limita-se a receber as suas três reformas e mais um ordenado escandaloso.
Voltando ao nosso assunto, e para arrumar de vez com os argumentos de Sua Excremência, a maior parte dos negócios portuários da Grécia advêm das viagens inter-ilhas. Aqui só temos as Berlengas e as ilhas da Ria Formosa. E mesmo as Berlengas só é possível visitá-las no Verão, quando o Atlântico (que, para quem não sabe, é o oceano mais perigoso do mundo) está calmo.
Portanto, Sua Excremência, com toda a deferência: “Não diga parvoíces”.
Deixe um comentário