Aaah! O Ponto S

E chegámos a um ponto S (Também existe o G mas esse é mais para outras ocasiões).

Milénios de evolução deram nisto. As experiências acumuladas embora nos possam servir de base ou guia para o futuro, podem também impedir-nos, não de ver mais além (Isso é para os membros da Ordem dos Quiromantes e Actividades Afins), mas de quebrar a ordem estabelecida por pura habituação e falta de visão periférica.

Quando falamos do assunto estamos a projectar o futuro, a condicionar quem vem a seguir. Casos concretos:

  • É ou não importante o ensino do teatro nas escolas (Que se pronuncie quem tem que falar em público)?
  • Nas sociedades ditas comunistas (do operariado sabem?) a música era (e creio que ainda o será) uma disciplina como outra qualquer. E o seu ensino não termina(va) no 6º ano de escolaridade.
  • O sistema que conheço sempre apostou (e vai continuar a fazê-lo) na formação de operários. Trabalho braçal mas agora de economistas engenheiros, etc.. Competir com a India, o Paquistão ou a Coreia, continua(rá) a ser o nosso desígnio? Dança? Para meninas ricas ou paneleiros. Música, pintura ou desenho? Isso não te dá emprego (isto ouvi à menos duma semana da minha filha após uma “acção de condicionamento”). Como se o “arranjar emprego” devesse ser nec plus ultra numa vida (E infelizmente vai sendo… É o que conhecemos melhor).
  • Criticamos Berardo (Um bel candidato à presidence) mas confundimos um quadro com uma grelha de ar condicionado.
  • Prezamos de tal modo a nossa cultura que se não fosse um tipo inglês não existiria grande parte da história do fado a não ser em textos de jornal há muito esquecidos.
  • No mundo modernaço apostamos no Turismo (mais uma indústria) mas esquecemo-nos com muita facilidade que fomos à muito invadidos através duma outra indústria: a Cultural, que desprezamos.

Publicado

em

,

por

Etiquetas:

Comentários

Um comentário a “Aaah! O Ponto S”

  1. Avatar de alex

    Os sistemas têm vários pontos de energia mínima onde podemos estagnar. Nem todos são os pontos ideais. E, para sairmos de um para atingirmos outro, precisamos de energia.
    Nós, portugueses, quase sempre estagnámos em pontos de merda e não tivémos força para sair desse sítio.
    Há outros gajos, como os americanos, que não param enquanto não atingem o ponto ideal: o G ou outro equivalente.
    Mas a energia necessária pode estar por aí a rebentar. Se encontrarem petróleo em Alenquer ou na Figueira da Foz, ou gás natural em Aljubarrota, podemos voltar a dar um salto, como a Noruega fez há umas décadas.
    Caso contrário, vamos ter que continuar a viver à sonbra do PIB alemão.

Deixe um comentário

O seu endereço de email não será publicado. Campos obrigatórios marcados com *